Peças que possam ser desmontadas ou que tenham a mobilidade de esteiras industriais. Existem ainda aquelas que, de tão conceituais, já se destacaram em museus. Em tempos de pós-crise, a ostentação pela ostentação saiu de moda. E o mercado de joias de luxo tenta convencer seu cliente-alvo de que suas produções não são apenas aglomerados de safiras e brilhantes, mas, sobretudo, obras de arte. O designer Antonio Bernardo criou uma peça em ouro branco que simula um quebra-cabeça. Já Antonio Breves apostou em joias formadas por placas movediças, inspiradas na indústria automobilística. Criado em homenagem a estilistas, o anel-botão da designer Tatiana Zaharoff virou atração do Museu de Moda de Tóquio. Apelo conceitual também pode vir da mescla de estilos. Nisso, o “boêmio-pop-chique” do inglês Mathew Campbell inspirou pulseiras e braceletes. Mas nada de penduricalhos hippies: o “pop” aqui reluz com safiras multicoloridas. Também menos onerosas, mas não menos sofisticadas, são as novidades feitas com materiais inusitados, como o brinco avestruz e o colar couro.

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