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FRUSTRADO
O suicida pretendia atacar uma estação de trem ou uma loja de
departamentos, mas o dispositivo explodiu antes de ele chegar lá

O fantasma do terrorismo voltou a rondar o mundo ocidental na semana passada. Dois meses após os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha emitirem um alerta para possíveis atentados na Europa, um homem-bomba detonou-se em pleno centro de Estocolmo, capital da Suécia. O ataque, ocorrido no sábado 11, resultou na morte do suicida e feriu duas pessoas que passavam pelo local. A Europa se surpreendeu. Afinal, a Suécia, diferentemente da França, Grã-Bretanha e de outros países do continente engajados na guerra ao terror, não é declarada inimiga pelos islâmicos e não possui registros de ameaças terroristas anteriores. “O ataque não atingiu os objetivos dos terroristas, mas poderia ter sido catastrófico,” declarou o ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt.

A identidade do suicida e sua ligação com a rede terrorista Al Qaeda foram divulgadas dois dias após as explosões, na segunda-feira 13. O homem-bomba é Taimour Abdulwahab Al-Abdaly, 29 anos, que se tornou cidadão sueco em 1992 e é natural de um país do Oriente Médio ainda não identificado pelas autoridades suecas. O procurador-chefe da Suécia, Tomas Lindstrand, afirmou que o terrorista levava um cinturão com explosivos e provavelmente tentava detoná-los em meio à multidão. “‘Não é descabido imaginar que ele deveria estar indo a algum lugar onde haveria o maior número possível de pessoas – talvez a estação central ou a (loja de departamentos) Ahlens”, declarou. Na sequência desses esclarecimentos, o Centro Americano de Vigilância dos Portais Islâmicos (Site) informou que Abdulwahab indicou em seu testamento ter atuado por estímulo do Estado Islâmico do Iraque, o braço iraquiano da Al Qaeda.

Após o ataque, a agência de notícias sueca TT informou que pouco antes das explosões recebeu um arquivo com textos e gravações em tom de ameaça de Abdulwahab. Neles, o terrorista criticava as caricaturas de Maomé feitas por Lars Vilks, que desenhou o profeta no corpo de um cachorro em 2007, e execrava a contribuição de 500 soldados da Suécia à força liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão. Na carta, Abdulwahab declarou que não teria ido ao país para trabalhar ou ganhar dinheiro, mas “para fazer a jihad”.

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