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Quando o japonês Ken Kutaragi teve a ideia que daria origem à primeira versão do PlayStation, em 1994, ele não imaginava outra função para o videogame a não ser entreter jovens no mundo todo. Ledo engano. Na semana passada, o governo americano anunciou a construção de um supercomputador composto por 1.760 unidades da terceira geração do console, conhecida como PS3.

A máquina, batizada de Condor Cluster (algo como bando de condores), fica no Laboratório de Pesquisas da Força Aérea, no Estado de Nova York, mas pode ser acessada de outros centros do Departamento de Defesa americano. Ela custou 20 vezes menos do que um computador com as mesmas funções e permite a análise de imagens de satélites de vigilância em altíssima resolução. São bilhões de pixels processados por minuto – um trabalho que levaria horas é feito em segundos. Não é a primeira vez que o PS3 tem sua função desvirtuada. Desenvolvido por Sony, IBM e Toshiba, ele não só roda os gráficos dos jogos como pode realizar atividades de um computador comum, como cálculos e processamento de vídeos – desde que o usuário conheça computação.

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QUALIDADE
O PS3 destaca-se graças
à sua altíssima resolução de imagem

O Condor Cluster levou quatro anos para ser desenvolvido e é o 33o maior computador do mundo, rodando 100 mil vezes mais rápido do que seus concorrentes. A Sony não usa mais os componentes que permitiram aos engenheiros do Pentágono conectar os videogames – a mais recente versão do PS3 (Slim) não permite unir consoles. “Estamos ansiosos para trabalhar com a próxima geração”, disse Mark Barnell, diretor de computação de alta performance do laboratório, ao jornal americano “The Plain Dealer”. Não serão apenas os entusiastas dos jogos eletrônicos a esperar pela próxima novidade dos games.

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