Uma das novas manias americanas em busca de um corpo perfeito é aderir à técnica de bandagem. A aparência do tratamento é inusitada: o cliente é totalmente enrolado em faixas embebidas com substâncias que prometem ajudar na redução de medidas, na hidratação e firmeza da pele. Assim permanece entre 30 e 60 minutos e, segundo os spas que oferecem o tratamento, sai repaginado de dentro dessa espécie de casulo.

O método não é propriamente uma novidade. É usado há algum tempo, inclusive no Brasil, principalmente com o apelo de nutrir a cútis. Mas recentemente ganhou fôlego nos EUA com o lançamento de bandagens enriquecidas com enzimas e um coquetel de minerais, pelo menos segundo o que dizem as empresas que as oferecem. As tais substâncias teriam o poder de quebrar as células de gordura e facilitar sua drenagem pelo sistema linfático até serem metabolizadas pelo organismo.

Além disso, outras versões estão chegando ao mercado com a promessa de combater a flacidez e o envelhecimento precoce. Essas teriam na sua composição até colágeno sintético – colágeno é uma das fibras que dão sustentação à pele. Há inclusive uma modalidade chamada de "turbo", na qual a cliente é enrolada em dois tipos diferentes de bandagem. No Suddenly Slimmer Welness Center, em Phoenix, as novidades estão entre as mais procuradas. "Ela vem ganhando cada vez mais popularidade", garantiu à ISTOÉ Jana Marcelino, diretora do centro.

Apesar do sucesso, o método não convence muitos especialistas. Um dos argumentos é o de que as substâncias não ultrapassariam a barreira da epiderme, a camada mais superficial da pele. Portanto, não alcançariam as células de gordura, localizadas em regiões mais profundas. E também teriam um efeito de hidratação efêmero, já que os tais minerais também não atingiriam áreas mais internas da cútis.