5 FILMES BASEADOS EM JÚLIO VERNE

20 MIL LÉGUAS SUBMARINAS Estrelado por James Mason no papel do Capitão Nemo, comandante do submarino Nautilus. Ganhou o Oscar de melhor efeito especial

VIAGEM À LUA Clássico do cinema mudo feito por Georges Méliès em 1902

VIAGEM AO CENTRO DA TERRA Versão mais conhecida do livro, traz novamente Mason como o professor Lindenbrook, que acha a entrada para as profundezas do planeta.

A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS Ganhador do Oscar de melhor filme, mostra as aventuras de um homem que investe sua fortuna numa viagem de balão

A ILHA MISTERIOSA A história passa-se numa ilha habitada por animais gigantes

C I N E M A
Centro da Terra digitalizado

Hollywood demorou para perceber que as ficções científicas do escritor francês Júlio Verne foram feitas sob medida para o cinema computadorizado dos dias de hoje. No filme Viagem ao centro da terra (em cartaz em todo o Brasil), baseado em livro do mesmo nome, os efeitos especiais conseguem dar mais realismo às fantásticas situações imaginadas por Verne no século XIX. Na adaptação atual, a primeira produção americana feita 100% em três dimensões, o cientista Trevor Howard (Brandon Fraser) descobre a entrada para o centro da Terra seguindo justamente as indicações do livro. Em companhia do sobrinho e de uma guia montanhista, eles vivem lances perigosos que os técnicos souberam explorar muito bem. O problema é que a história é adaptada excessivamente aos truques tridimensionais, e isso a empobreceu. (Livre)

C I N E M A 2
O tempo ruim de Claude Chabrol

Dos grandes diretores da nouvelle vague francesa, Claude Chabrol é atualmente o mais produtivo: faz um novo filme por ano sem deixar cair a qualidade. Em Uma garota dividida em dois (estréia na sexta-feira 18), ele exibe a sua acidez habitual ao narrar a história da meteorologista Isabelle (Ludivine Saigner), que se apaixona por um consagrado escritor 30 anos mais velho. Como ele não consegue separar-se da mulher, Isabelle acaba casando-se com um afetado herdeiro da indústria farmacêutica. O enredo, em seu início, parece banal, mas vai se encaminhando para um clima pesado. (Classificação indicativa a conferir)

M Ú S I C A
GRANDE REVERENDO DO SOUL

Lançar bons discos não é novidade na carreira de mais de 40 anos do cantor americano Al Green, um dos últimos sobreviventes do melhor período da soul music. Mas em Lay it down, que chega às lojas nesta semana, ele retoma a inspiração da fase mais criativa, quando compôs hits como Let’s stay together e I’m still in love with you. Reverendo protestante desde que sua mulher se suicidou nos anos 70, Green volta agora a cantar o amor terreno e em algumas faixas conta com a ajuda de artistas mais jovens, como Corinne Bailey Rae e John Legend.

L I V R O S
Receita da boa literatura

 

“Por que as palavras de uma receita devem ser menos importantes que as palavras de um romance? – a primeira pode levar à indigestão física, a segunda, à indigestão mental.” A afirmação é do escritor britânico Julian Barnes e é feita no divertido recémlançado livro O pedante na cozinha (Editora Rocco, 144 págs., R$ 24,50). Barnes é também o elogiado autor do romance O papagaio de Flaubert. Nesse seu novo trabalho, ele parte da experiência pessoal como cozinheiro para realizar bemhumoradas críticas à suposta precisão das receitas de diversas publicações culinárias e, ao mesmo tempo, refletir sobre a arte de escrever.

D V D
Buñuel, sempre atual

Com os cinemas repletos de filmes para crianças e adolescentes nessa época de férias, quem estiver em busca de boa diversão tem uma ótima opção na comédia O discreto charme da burguesia, clássico do diretor espanhol Luis Buñuel, lançado agora em DVD. Surpreendente a cada cena, o filme mostra um grupo de amigos da classe alta francesa que se encontra para jantar mas nunca consegue comer – são constantemente interrompidos pelas mais absurdas situações. Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 1972, O discreto charme da burguesia mostra um Buñuel no auge da inventividade. (14 anos)

A G E N D A

39º FESTIVAL DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO (Campos do Jordão, São Paulo, até 26/7) – A programação desse tradicional encontro da música erudita inclui apresentações da Orquestra Sinfônica Brasileira, regida por Roberto Minczuk. (Classificação indicativa a conferir)

BOSSA NA OCA (Parque do Ibirapuera, São Paulo, até o dia 7/9) – A história da bossa nova é contada através de fotos, filmes e músicas, numa mostra que se vale de muita tecnologia e interatividade. (Livre)

A RESERVA (Teatro Cosipa Cultura, São Paulo, até o dia 31/8) – Irene Ravache interpreta uma dona-de-casa que decide tornar-se chefe de cozinha e abrir um restaurante. (12 anos)