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A malhação está deixando de ser uma atividade cujo objetivo número 1 é a conquista da silhueta ideal no prazo mais curto possível para se tornar um meio de alcançar objetivos mais saudáveis a médio e longo prazo. Entre eles, a redução das dores musculares durante as atividades do dia-a-dia. O principal agente dessa mudança no animado mundo do fitness são os chamados exercícios funcionais. Sucesso nas academias americanas, a modalidade começa a ganhar espaço nos principais centros de ginástica brasileiros. Sua proposta é deixar o corpo preparado para subir e descer uma escada sem esforço desnecessário, pegar um objeto em cima do armário ou no chão sem correr o risco de "travar" a coluna ou fazer movimentos bruscos sem ganhar um incômodo torcicolo Para isso, o método se vale de uma combinação de movimentos que imitam a rotina com técnicas de ioga, Pilates e do tai chi chuan.

O resultado é um treinamento que foge aos padrões tradicionais. Ele prescinde, por exemplo, das séries de exercícios para trabalhar grupos musculares específicos que precisam ser repetidas diversas vezes. Na ginástica funcional, elas são substituídas por aulas dinâmicas feitas com bolas e plataformas especiais para treinar o equilíbrio e estimular vários grupos musculares ao mesmo tempo. O ritmo também é diferente. Não se leva em conta o rendimento ou as medidas, mas a capacidade de concentração e a coordenação do aluno. "A meta é resgatar a flexibilidade, a agilidade e a força, algumas condições que perdemos à medida que envelhecemos", explica a professora Mara Patrícia Chacon- Mikahil, do laboratório de fisiologia do exercício da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas.

Um dos benefícios mais evidentes é a redução das dores musculares e do cansaço. "A pessoa passa a prestar mais atenção no corpo. Numa fila de banco, por exemplo, ela consegue ficar na postura adequada. Desse modo, adia a sensação de fadiga", explica o fisioterapeuta Marcus Vinícius Gomes, da Academia Estação do Corpo, no Rio de Janeiro.

Passivo demais para os malhadores de carteirinha, o novo modelo é aprovado pelos médicos. "A ginástica funcional respeita os limites e as funções das fibras musculares. Em geral, as pessoas se machucam porque exageram e sobrecarregam essas estruturas do corpo", afirma Moisés Cohen, do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte, em São Paulo.

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