O potencial das algas para absorver poluentes do ar pode ser a chave da prevenção de catástrofes ambientais. Assim como os vegetais, também elas consomem carbono durante o seu processo de fotossíntese. "Procuramos alternativas para cumprir a meta de redução de gases poluentes. Não é fácil parar as máquinas quando se tem um país inteiro ligado a elas", diz o engenheiro Huang Shou-ching, diretor da empresa Taipower, maior responsável pelo sistema de distribuição de eletricidade em Taiwan. Interessada em todos os processos naturais capazes de preservar o meio ambiente, a Taipower anunciou na semana passada os primeiros resultados de suas "fazendas de algas" destinadas a reduzir as emissões de dióxido de carbono – a fazenda piloto foi instalada em Kaohsiung, ao sul de Taiwan. Trata-se de um tanque de dez metros quadrados no qual são cultivadas algas microscópicas. Os números prometem: elas capturaram cerca de uma tonelada de dióxido de carbono no período de um ano, 75% a mais do que 500 árvores juntas.

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A Taipower recolhe algas do oceano e as mantém em estufas nas quais são alimentadas com dióxido de carbono emitido pelos geradores elétricos da própria empresa – elas não apenas sobrevivem como melhoram seu funcionamento orgânico à medida que "respiram" mais agentes poluentes. Os engenheiros irão agora aumentar a superfície desse tanque piloto para um hectare e, depois, estenderão o projeto a outras usinas elétricas. Esse modelo ecológico é mais que viável pelo seu baixo custo. As algas se desenvolvem no mar (mesmo em águas poluídas) e pouco requerem para viver além de luz solar e boas doses de dióxido de carbono – o que na Ásia significa "comida" garantida.