i50381.jpgRoupa suja se lava em casa, mas essa regra da boa convivência familiar não se aplica ao mundo das celebridades. É cada vez maior o número de livros em que alguma estrela do show business é espinafrada por parentes que vivem à sua sombra. O mais recente vem assinado pelo designer de interiores americano Christopher Ciccone, 47 anos. Esse sobrenome não engana: ele é irmão da cantora Madonna e acaba de publicar nos EUA Life with my sister Madonna (A vida com a minha irmã Madonna), cuja tradução em português ainda aguarda definição. Mas não por muito tempo, já que a obra nasceu com sina de best seller: a tiragem inicial da edição americana é de 350 mil exemplares. O livro tem 342 páginas e veneno suficiente para fazer nascer os primeiros cabelos brancos na cantora, que completa 50 anos no dia 16 de agosto. O irmão de Madonna diz, por exemplo, que a história de no início de carreira ela ter desembarcado em Nova York com duas sapatilhas de bailarina e US$ 35 no bolso é pura invenção – e nisso ela é insuperável. “Longe de ser aquela criança abandonada sem um pão seco para comer, ela tinha o bolso cheio de dinheiro e muitos contatos”, escreveu Ciccone.

O irmão diz que nessa época, focada apenas em seu desejo de fama e fortuna, Madonna sofria de insônia, não dormia mais que três horas e não tinha o menor constrangimento em usar o sexo para atingir seus objetivos, ou seja, a fama. “Com sua mania de conduzir a vida segundo uma agenda rigorosa, ela daria uma ótima diretora de prisão”, diz. A língua afiada de Ciccone, que trabalhou para a irmã como bailarino, assistente, estilista pessoal, diretor artístico, decorador oficial e “consolo nas horas difíceis”, tem uma explicação. Desde 2003 eles não se falam. Madonna recusou-se a pagar o combinado por um projeto de luz em sua casa e acusou o irmão de “ladrão, mentiroso e a pessoa menos confiável que ela jamais conhecera”. Ciccone contra-atacou: diz ter dado 15 anos de sua vida para que ela virasse a “rainha do mal” que se tornara e afirma que a irmã é dona de “um talento apenas mediano”. Critica a falta de preparação vocal da cantora, que em um show mandou desligar o microfone de uma vocalista para ser ouvida pelo público. Nas saídas de cena, Ciccone enxugava o suor da irmã, totalmente nua, e servia de “lata de lixo”: Madonna cuspia na mão dele para se aliviar do pigarro. Essa relação senhor-escravo se intensificou com a prática da cabala e com o casamento dela com Ritchie, a quem o autor chama de idiota e homofóbico: o cineasta tentou atropelá-lo com o Mercedes preto de Madonna, numa cena digna de um dramalhão de Hollywood.

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