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ÚNICA
A joia, considerada muito rara,
ficou guardada durante 60 anos

 

No dia 16 de novembro, o mercado de alto luxo poderá quebrar mais um de seus recordes. Nesta data, a prestigiada casa de leilões Sotheby’s sediará em Genebra, na Suíça, a venda de uma pedra preciosa cuja estimativa de preço varia entre US$ 27 milhões e US$ 38 milhões. Até hoje, a joia mais cara vendida no mundo foi o diamante cinza-azulado Wittelsbach, comercializado em dezembro de 2008 pela casa de leilões britânica Christie’s por mais de US$ 24 milhões. O diamante capaz de desbancar o atual recordista é considerado extremamente raro por sua coloração rosa intensa, seu peso de mais de 24 quilates e seu formato retangular “es­me­ralda”, tradicionalmente associado aos diamantes brancos.

O frissom causado pela divulgação da magnífica pedra rosa também é reforçado pelo tempo em que ela ficou escondida do público, como explica David Bennett, presidente da divisão internacional de joalheria da Sotheby’s. “Esta preciosidade pertencia a um colecionador privado, que a comprou há 60 anos diretamente das mãos de Harry Winston”, diz. Winston foi um famoso joalheiro americano, conhecido por possuir algumas das mais belas e raras gemas do mun­do, incluindo o Hope Diamond (Dia­mante Esperança), de mais de 45 quilates. Doada em 1958 ao Museu de História Natural Smithsonian, em Washington, nos Estados Unidos, a peça permanece em exposição até os dias atuais, com preço estimado em US$ 250 milhões.

Segundo o gemólogo Daniel Berringer, sócio-honorário do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), o custo de uma pedra preciosa depende de seu tamanho, sua cor, pureza, lapidação e procedência, e pode variar também de acordo com a economia global. “Estipular a valorização dos diamantes não é tão simples quanto a do ouro, pois cada gema é única”, afirma Berringer. Mesmo alcançando preços incalculáveis para os meros mortais, os diamantes azuis, verdes ou rosas continuarão sendo procurados e desejados por colecionadores de todo o mundo. “Seja para ficarem guardados num cofre a sete chaves, seja para serem exibidos nas mãos de algum extravagante sheik árabe”, ironiza Berringer.

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VALOR
US$ 24 milhões foi o preço pago pelo diamante azul,
até hoje o mais caro do mundo