O elefante retratado nesta página remete o  leitor à reportagem assinada por Ivan Claudio,  de nossa editoria de Artes & Espetáculos, sobre
a inauguração de tradicional mostra de artes paulistana. Respeitada internacionalmente, a Bienal de São Paulo, em sua 26ª edição, abre suas portas gratuitamente ao público no domingo 26. Ela vai reunir mais de uma centena de artistas e promete um vasto panorama da arte contemporânea. Manoel Pires da Costa, presidente da Fundação Bienal, decidiu franquear a entrada, abrindo mão de uma receita estimada em R$ 1 milhão em troca de um público esperado de um milhão de visitantes. Segundo Pires, a decisão foi regida por “um esforço de caráter educacional, proporcionando à população o acesso à arte e à cultura”. Para ele, a louvável atitude vem ao encontro das preocupações do governo de inclusão social e resgate da cidadania e da auto-estima.

Dos 62 países representados na mostra, críticos como o professor Teixeira Coelho recomendam que se preste atenção à representação chinesa, da qual faz parte a obra de Huang Yong Ping – um chinês de 50 anos que vive em Paris –, justamente o elefante acima citado. Uma crítica ao colonialismo, o paquiderme empalhado com um tigre dependurado é uma alusão ao rei George V, da Inglaterra, e uma veemente amostra da qualidade da Bienal deste ano.

Se estivesse ambientada em uma loja de cristais, a foto do elefante abaixo
remeteria também a outra reportagem desta edição de sua revista ISTOÉ. Os repórteres da sucursal de Brasília, Sônia Filgueiras e Weiller Diniz, relatam
como foi a semana do ministro da Casa Civil, José Dirceu, às voltas com a reunião do Copom e encontros com senadores da oposição. Boa leitura!