• Não bastassem tantas preocupações, o governo ainda tem mais uma encrenca para administrar: a Comissão de Orçamento do Congresso, o maior palco do toma-lá-dá-cá para os parlamentares.

• Até a próxima sessão do Congresso, em outubro, haverá pelo menos 15 créditos suplementares na fila para serem aprovados. São verbas de investimento dos ministérios que, sem aprovação do Congresso, simplesmente param o Executivo.

• Nesse esforço concentrado só foram aprovados dois créditos para investimento. Um, para a Suframa, graças a um acordo entre o presidente do Senado, José Sarney (AP), e o senador Waldir Raupp (RO). Acordo fechado contra a orientação do governo.

• O outro crédito para investimento foi para a compra de materiais para a Justiça Eleitoral. Também só foi aprovado depois que se retiraram do texto as verbas para viagens internacionais de quem? Do próprio presidente da República.

• Por conta da não-votação dos créditos suplementares, calcula-se que os ministérios pararão por 20 dias. A Radiobrás, por exemplo, ficou sem dinheiro para a cobertura de qualquer viagem presidencial.