Declarações estabanadas sobre juros às vésperas da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e um jantar desastroso em sua casa com dissidentes do PFL para tentar retomar a iniciativa política no Congresso. O que tem levado o ex-todo-poderoso ministro-chefe da Casa Civil a cometer tantos erros? Vai aí a resposta: Dirceu perdeu o prumo desde que identificou um grupo organizado no núcleo do governo disposto a enfraquecê-lo. E que esse grupo já tem até um líder: o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que tem mantido contatos constantes na área política. O grupo de Palocci: Aloizio Mercadante (líder do governo no Senado), Aldo Rebelo (ministro-chefe da Coordenação Política) e Luiz Gushiken (ministro-chefe da Secretaria de Comunicação). Os quatro têm conversado todos os dias. Foram contrários à idéia do jantar. E defendem que o governo não se envolva na reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Ou seja, têm estado contra Dirceu o tempo todo. E o ministro da Casa Civil já percebeu.


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