Dois dos mais consagrados escritores da América Latina protagonizaram uma cena de pugilato em 1976 – até hoje sabe-se apenas que o motivo da briga foi uma genérica “divergência pessoal”, questões, digamos, mais mundanas e da carne, menos do intelecto. Está-se falando do peruano Mario Vargas Llosa e do colombiano Gabriel García Márquez. Deu empate na disputa, ambos machucados, e a inimizade cresceu. Em 1982 Vargas Llosa retorceu-se de inveja: seu desafeto ganhou o Nobel de literatura. Agora, 28 anos depois, tudo novamente quites: na quinta-feira 7 foi a vez de Vargas Llosa, 74 anos, ser agraciado com o Nobel – e mais US$ 1,5 milhão. Entre outras obras-primas, ele é autor de “Quem matou Palomino Molero?” e “Travessuras da Menina Má”. Dois de seus livros estão sendo publicados este ano no Brasil:
“Sabres e Utopias” e o romance inédito “O Sonho do Celta”.