i53434.jpgJANNIS KOUNELLIS/ Galeria Progetti, Rio/
de 2/8 a 1/11
MIMMO PALADINO – OBRA GRÁFICA/ MAM Rio/ de 7/8 a 7/9
ARTE CONTEMPORÂNEA ITALIANA – COLEÇÃO FARNESINA (1950-2000) / MASP/ de 9/8 a 21/9

Ao cortar e furar suas telas, o artista ítaloargentino Lucio Fontana (1899-1968) encontrou uma forma de afirmar que a pintura não era apenas superfície, mas sim um objeto tridimensional. "Todos acreditaram que eu queria destruir, porém eu construí", diria ele, no final dos anos 1950. Seus entalhes no suporte pictórico abririam um capítulo da história, anunciando uma arte de vocação "espacial". A lição foi seguida pelas gerações seguintes. "O ato lingüístico da saída do quadro é um elemento essencial do que chamamos arte povera", diz Jannis Kounellis, artista grego radicado em Roma, que está no Brasil realizando uma instalação inédita para a inauguração da Galeria Progetti, no Rio (leia Bate-papo).

Kounellis também está em Arte contemporânea italiana (1950-2000) – Coleção Farnesina, que apresenta no Masp 100 obras de 100 artistas, do acervo do governo da Itália. A mostra apresenta diversas tendências e escolas da segunda metade do século XX, como a arte povera (arte pobre), o pop romano, a Escola de Piazza del Popolo, a transvanguarda, o anacronismo e o conceitualismo. "É uma coleção panorâmica, que procura preencher todos os espaços. Assim, com apenas uma obra de cada artista, tem um caráter introdutório", diz Teixeira Coelho, curador do Masp.

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Para uma visão mais aprofundada de um dos movimentos mais expressivos da arte italiana, a transvanguarda, vale a visita a Mimmo Paladino – obra gráfica, no MAM Rio. Nos anos 1980, Paladino foi um dos agentes do retorno à figuração e à pintura, em reação à pesquisa de materiais extrapictóricos, promovida pela arte povera nos anos 1960 e 70. Ou seja, voltou às tintas, em detrimento dos espelhos, metais inoxidáveis e matérias vegetais e animais, usados por Kounellis e colegas como Mario Merz.

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