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O destaque entre as mais de 20 atrações é a
montanha-russa Formula Rossa, que chegará a 240 km/h

A Ferrari 485 Italia, lançamento recente da montadora italiana, não custa menos de R$ 1,5 milhão no Brasil. A marca, criada em 1947, nunca deixou de ser sinônimo de luxo. Ter uma Ferrari na garagem é para poucos mesmo. Mas a fabricante explora o fascínio de seus icônicos carros vermelhos ao licenciar uma variedade cada vez maior de produtos com seu inconfundível símbolo, “Il Cavalino Rampante”, como ficou conhecido o logotipo da Ferrari, um cavalo negro empinado: camisetas, relógios, canetas, bicicletas, computadores e, agora, um parque de diversões hi-tech, o maior do tipo indoor do mundo. Se não dá para comprar uma Ferrari, será possível ter pelo menos a sensação de pilotar uma, inclusive de Fórmula 1, no “Ferrari World”, ou “Mundo Ferrari” – complexo de entretenimento a ser inaugurado em 28 de outubro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

Entre as mais de 20 atrações, simuladores de corrida e a montanha-russa mais rápida do mundo, que chegará a 240 quilômetros por hora. Os carrinhos do brinquedo imitam os da F-1. Para andar na “Formula Rossa”, o visitante precisará até usar óculos especiais, para proteger os olhos dos efeitos do vento. A empresa que gerenciará o “Ferrari World”, a Farah Leisure Parks Management L.L.C., não divulga o valor do empreendimento, que, estima-se, é de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,72 bilhão). O preço do ingresso ainda não foi anunciado. Mas, deve ser padrão Ferrari, claro.

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NO PARQUE
Luca di Montezemolo,
o chefão da Ferrari

A construção do parque foi anunciada em 2007 e faz parte de um ambicioso projeto para tornar a ilha artificial de Yas um centro de lazer com apelo internacional. O “Ferrari World” fica inclusive bem perto do circuito onde, em novembro de 2009, foi realizado pela primeira vez o Grande Prêmio dos Emirados Árabes. Abu Dhabi é a capital e o mais rico dos sete emirados. Outros parques, como os americanos Universal e Busch Gardens, devem ganhar filiais no Oriente Médio. Embora a região ainda seja um destino turístico relativamente caro, pelo menos para os brasileiros, os responsáveis pelo empreendimento esperam receber visitantes de vários países, não só dos mais próximos. Segundo o gerente do parque, Andy Keeling, não há planos para outros semelhantes mundo afora. “O maior desafio foi tornar uma das marcas mais exclusivas do mundo algo acessível e atraente para um público amplo”, explicou ele à ISTOÉ. “Cada atração conta um pedaço da história da Ferrari. O parque celebra a paixão, a excelência, a performance e a inovação tecnológica tão associadas à marca”, acrescentou.

O parque abrigará a maior exposição sobre a Ferrari fora da Galleria di Maranello, o museu da montadora fundada oficialmente em 1947 (a marca nasceu como uma escuderia, em 1929). Alguns dos modelos em exibição foram cedidos por colecionadores. Em outra atração, os aficionados poderão fazer uma visita virtual à fábrica para acompanhar a produção de uma Ferrari GT. Também será possível conhecer os bastidores da F-1, numa reprodução dos “quartéis-generais” da equipe nos circuitos europeus. Mas o destaque vai para os simuladores de corrida, semelhantes aos utilizados no treinamento dos pilotos. O volante e o assento são iguais aos dos carros que vão para a pista. O circuito é justamente o de Abu Dhabi. Dá para correr sozinho ou em grupo de oito pessoas. Numa homenagem à Itália, réplicas de 17 paisagens do país, como o Coliseu de Roma, estarão espalhadas por um trajeto que poderá ser percorrido a pé ou numa Ferrari 250 California Spider.

Haverá escolas de pilotagem exclusivas para as crianças. Elas aprenderão a dirigir uma mini-Ferrari F430 GT Spider. Da mesma forma, poderão ter aulas para pilotar um carro de corrida. Numa releitura “Ferrari” do carrossel, o do parque terá protótipos de modelos escolhidos num concurso promovido pela montadora. É um brinquedo meio futurista, que mostra como os carros da fabricante italiana poderão vir a ser um dia. Mas o “Mundo Ferrari” em si é uma atração. O gigantesco teto vermelho, inspirado no design da Ferrari GT, tem mais de 200 mil m2 de área total, com o maior logotipo da marca já produzido. A sensação, no entanto, será a de estar em um lugar aberto, uma vez que essa cobertura chega a 50 metros de altura e é sustentada por apenas uma fileira de colunas – a única atração ao ar livre é a montanha-russa. Visitar o parque será como um mergulho no universo ferrarista.

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