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EM FOCO
Na semana passada, foram lançadas duas
biografias de Carla Bruni
 

As revelações de uma biografia não autorizada da primeira-dama da França, Carla Bruni-Sarkozy, 42 anos, têm sacudido o Palácio Eliseu, sede do governo francês, e todo o continente europeu. A obra, batizada de “Carla – Une Vie Secrete” (Carla – uma vida secreta, em tradução livre), lançada na quarta-feira 15 apenas em francês pela Editora Flammarion, promete revelar segredos da vida social, amorosa e até sexual de Bruni, que já foi modelo, cantora e namorada de estrelas como Mick Jagger e Eric Clapton. A francesa Besma Lahouri, autora da obra, fez mais de uma centena de entrevistas durante um ano e meio de trabalho para construir esse retrato de Bruni, que vai da infância rica e solitária na Itália à rotina como mulher do presidente da França, Nicolas Sarkozy, 55 anos. “Ela é uma mulher obstinada, esperta, possessiva e intensa”, resumiu Besma a um jornal inglês. “E, nos relacionamentos, age como uma devoradora de homens, espécie de versão feminina de Don Juan.”

Se Sarkozy não sabia disso antes de se casar, perdeu a inocência logo após as bodas. Já nas primeiras férias de verão do casal na Riviera Francesa, Besma conta que o passado de conquistas da beldade veio à tona para assombrar o presidente francês. Entre os membros da entourage que Bruni escalou para acompanhar o primeiro-casal francês ao balneário estavam três de seus ex-amantes. “São cantores, filósofos, advogados, jornalistas e políticos que estão sempre rondando a primeira-dama”, conta a autora, que diz que a vida pregressa ao casamento com Sarkozy é motivo de boa parte das brigas do casal. A obsessão de Bruni por fama, beleza e dinheiro, além de uma estranha fixação pelo casal Obama, também marcariam a relação.

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30 mil exemplares
é a tiragem inicial do livro “Carla – Une Vie Secrete”
(Carla – uma vida secreta, em tradução livre), lançado na quarta-feira 15

“Para Bruni, só Michelle Obama poderia disputar o título de primeira-dama mais glamourosa e sexy do mundo com ela”, diz Besma. O desinteresse de Michelle por Bruni só reforçaria o misto de ciúme e admiração da ex-modelo pela “colega” americana. Mas a autora reforça que a cantora é uma camaleoa, “atriz formidável” que se adapta às situações para conseguir o que quer. Portanto, deve conquistar a simpatia dos Obama. “Ela não faz nada que não seja para beneficiar a si própria”, sintetiza Besma. Um retrato duro de uma mulher que tem se apresentado publicamente com discrição e timidez.

Mas não se trata de um perfil definitivo, a começar pelo simples fato de ser um trabalho não autorizado, feito sem a colaboração da sra. Sarkozy. O lançamento quase simultâneo de outra biografia de Carla Bruni, essa bem menos agressiva, reforça a fluidez natural dos relatos das histórias de vida de figuras públicas. Batizada de “Carla et les Ambitieux” (Carla e os ambiciosos, em tradução livre), a obra dos jornalistas franceses Michael Darmon e Yves Derai, lançada na quinta-feira 16, pinta uma mulher bem mais serena e ignora detalhes comprometedores esmiuçados na obra de Besma. Os amores, as brigas e até as cirurgias plásticas – uma no nariz, nos anos 1990, e algumas nos anos 2000, segundo Besma – ficaram de fora ou foram relatados com leveza. Uma guerra de versões da vida da jovem Bruni parece se avizinhar. Era natural que isso acontecesse, dada a fama do personagem principal. O que surpreende é que ela já tenha começado.

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