A estátua do economista e fi lósofo Karl Marx (acima), ideólogo do comunismo, estava estorvando o prolongamento da linha número cinco do metrô de Berlim, que agora unirá a famosa Alexanderplatz ao não menos histórico Portão de Brandemburgo. Décadas atrás, no auge da ditadura comunista na então Alemanha Oriental, se a estátua atrapalhava a linha, mudavase o plano do metrô. Agora, no bom-senso da Alemanha democrática, remove-se mesmo Karl Marx e, também, o monumento a seu parceiro de teorias Friedrich Engels (à esq.). Por força de cabos e guindastes, ambos vão “andar” 80 metros (numa ironia histórica) para a direita. Também nessa semana, outra estátua, que ainda se movimenta, deu sinal de vida: o ditador cubano Fidel Castro. Está com 84 anos. Tomou o poder na ilha quando tinha 33. 84 menos 33 é igual a 51. Esse é o número de anos que levou para perceber o óbvio, verbalizado por ele próprio na quarta-feira 8: “O modelo cubano já não funciona nem mesmo para nós.”