São momentos importantes da história recente do Brasil registrados por alguns de seus melhores profissionais. Do delírio comemorativo que cercou a posse de Lula ao extremo horror provocado pelas cenas do Carandiru invadido. Da miríade indisciplinada de garimpeiros sobrepondo-se ao longo de Serra Pelada ao rigor messiânico manifestado pelos invasores do Pontal do Paranapanema. O registro preciso de paisagens inimagináveis ao lado de flagrantes implacáveis da intimidade de figuras públicas. Tais fotos, muitas delas premiadas ou alçadas à condição de ícones atemporais, podem ser contempladas em ISTOÉ na Bienal, em exposição no Espaço aberto Bienal de São Paulo, de 23 de outubro e 23 de novembro. A mostra, uma seleção de 80 fotos publicadas pela revista a partir da década de 1970, está sendo realizada em conjunto com a Tangran, sob a curadoria do fotógrafo João Primo. Marca a inauguração de um novo pólo cultural situado no subsolo do pavilhão construído por Oscar Niemeyer, que agora conta com um auditório de 300 lugares, além de salas que serão ocupadas por oficinas culturais. Cumprindo os mesmos horários da concorrida 26ª Bienal de São Paulo, a exposição traz visões privilegiadas, resultantes da feliz conjunção entre capacidade técnica e senso de oportunidade.