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MIMO
Rita e Thomas com o casal de porcos Pururuca e Torresmo

Eles saíram dos chiqueiros direto para o colo de celebridades internacionais do quilate da patricinha americana Paris Hilton e do jogador galã inglês David Beckham. Os minipigs, porcos com cerca de um quinto do tamanho de seus ascendentes tradicionais, são os bichos de estimação da vez na Europa e agora também conquistam fãs aqui no Brasil. Carinhosos, dóceis e, ao contrário do que muita gente pensa, limpos, os suínos despertam a curiosidade tanto de crianças quanto de adultos.

“Viver com eles é muito mais agradável do que eu esperava”, declara a empresária Rita Reis, que há dois meses é dona de um casal de miniporcos chamados Torresmo e Pururuca, presente do ex-marido para o filho Thomas, 9 anos. “Além de não fazerem barulho nem terem cheiro, esses bichinhos adoram brincar com a gente e convivem numa boa com nossos três cachorros”, diz. Segundo Dário Fagundes, dono de um criatório em Uberlândia, Minas Gerais, a procura pelos pequenos porcos de estimação tem crescido neste ano. “Hoje tenho 150 pessoas na lista de espera para adquirir um filhote”, afirma. A alta demanda dita o preço salgado – um minipig chega a custar até R$ 1,5 mil, dependendo da pelagem. “Os rosas, como o famoso Babe (do filme de 1995), são os mais pedidos e, por isso, os mais caros”, conta Fagundes.

Excentricidade ou não, a moda dos porcos em miniatura acabou despertando a ira de ativistas em defesa das causas animais, que questionam a manipulação genética feita para diminuir os suínos. “Sem motivo”, defende Anibal Moretti, professor titular da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP). “Os mínis são resultado do cruzamento de diversas raças de porcos pequenos, como o kune kune da Nova Zelândia”, explica. “Se benfeito, esse procedimento não gera nenhum malefício aos bichos.” Para quem pretende fazer parte do grupo de felizes proprietários de um minissuíno, vale certificar-se de que o porco é pequeno mesmo, para evitar futuras surpresas. “Sem garantia de que é do tipo miniatura, a pessoa pode acabar com um monstro de duzentos quilos em casa”, diz Fagundes. Estimação demais para um pet.


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