Depois de uma tentativa fracassada em 1995, que acabou em um golpe de mais de US$ 20 milhões em cerca de 50 empresários brasileiros, a americana Subway, segunda maior rede de fast-food do mundo, está de volta. Apesar da extensa lista de processos na Justiça dos Estados Unidos, a companhia pretende atingir a marca de 300 lanchonetes no Brasil até 2007. Para quem perdeu dinheiro na primeira investida da rede americana no País, como o empresário Sílvio Francisco Antunes Filho, sócio de uma das franquias para a Baixada Santista, em São Paulo, os novos planos da Subway soam como um alerta. “Quem estiver entrando no negócio agora deve ficar atento para não perder dinheiro”, diz ele, que calcula ter perdido mais de US$ 300 mil.

A história da Subway no Brasil começou há nove anos, quando José Roberto Peixoto foi nomeado franqueador master e vendeu cerca de 30 licenças para exploração da marca no País. O que parecia ser um bom negócio, porém, virou um dos maiores micos do mercado de franquias. Peixoto deixou de cumprir os contratos e desapareceu levando o dinheiro arrecadado dos franqueados e fornecedores. Antônio Carlos Salem, outro que perdeu dinheiro na empreitada, recorda que, na época, para abrir uma loja era preciso pagar cerca de R$ 400 mil. O representante da Subway no Brasil, Frederico Pereira, alega que a empresa hoje é outra e os problemas do passado serão resolvidos na Justiça americana. Já o diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising, Ricardo Camargo, afirma que os prejuízos causados pela empresa acabarão repercutindo negativamente nessa nova fase, inibindo a entrada de franqueados brasileiros.