A morte do escritor Fernando Sabino, na véspera do seu 81º aniversário, trouxe um inevitável sentimento de perda e de tristeza, mas também, acreditem, uma agradável sensação através do texto inédito de sua amiga, a também genial escritora Lygia Fagundes Telles, publicado nesta edição de ISTOÉ. Uma sensação de felicidade e alegria contagiante e, óbvio, muito bem-vinda, principalmente por se contrapor a tudo o que de ruim se noticia diariamente, seja na tevê, no jornal, seja mesmo aqui na ISTOÉ, como, por exemplo, a reportagem sobre a criminalidade carioca. O texto de Lygia remete aos preciosos valores da amizade e relembra um momento de singela felicidade, desses que se quer repetir ou, de quando em quando, puxar da memória. E é coerente com a reportagem de capa desta edição, que mostra a luta vitoriosa da ciência em aumentar o nosso tempo de vida. Esta reportagem traz o quase milagroso efeito das células-tronco, que, reimplantadas no organismo, propiciam novas esperanças na luta contra vários tipos de câncer, males do coração e outras mazelas que nos afligem. E teimam em encurtar nosso tempo útil. Tempo precioso que pode e deve ser usado, entre outras coisas, para usufruir de momentos como o descrito por Lygia Fagundes Telles com seu amigo Fernando Sabino ? ?o céu tão azul lá fora e o cálido vinho tinto nos nossos copos?? Saúde!


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